sábado, 22 de dezembro de 2007

O início de uma nova etapa

“Senhor, dai-me serenidade para suportar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar as que posso e sabedoria para distinguir umas das outras. Mas, dai-me Senhor, sobretudo, ânimo bastante para não desistir daquilo que eu penso estar certo, mesmo que seja sem esperança”

( Almirante C. Nimitz )




Com a chegada do Natal estarei saindo de férias e só voltarei às minhas atividades diárias no fim de Janeiro de 2008.

Essas longas férias não são devidas a cansaço físico , falta de ânimo de continuar lutando por tudo aquilo que acho correto , mas sim por um certo cansaço mental. O ano de 2007 foi , para mim, um ano difícil embora - felizmente - tenha sido melhor para grande parte da população brasileira, que teve mais comida na sua mesa , um pouco mais de esperança num futuro ainda mais promissor. E não é por outra razão que idolatram o presidente Lula, que mesmo criticado por muitos - inclusive por mim - fez a diferença para a parte mais sofrida da população.

Meu cansaço mental vem da constatação que poderíamos estar melhor do que estamos, que a corrupção cresce e se alastra para todos os cantos e que os políticos esqueceram que são os representantes do povo e nada fazem por ele. Para aqueles - como eu - que acompanham diariamente o que acontece no mundo e no País, fica a sensação de que continuamos a ser o último vagão do trem do desenvolvimento sustentado. Pouco aproveitamos da maré mundial a nosso favor para aprofundarmos nossos fundamentos, criarmos pilares sólidos para enfrentar qualquer tormenta que o futuro possa nos “premiar”. É certo que o “céu de brigadeiro” do cenário internacional chegou ao fim, 2008 será diferente para o Brasil. Pior ou melhor, depende apenas de nós. Da capacidade de gestão da cúpula de Brasília, da volta dos políticos ao trabalho e do vigor dos nossos empresários. Pois gente, trabalhadores e mão de obra qualificada, é o que não falta neste país.

Diante dessa realidade, decidi tirar essas férias prolongadas para repensar nesta nova etapa da minha vida. Continuarei mantendo meu blog ativo e minhas participações na imprensa escrita e falada ? Deixarei tudo de lado por um tempo e partirei para escrever meu segundo livro? Ou, partirei para novos projetos além daqueles que já tenho na minha vida profissional ( conselhos de empresas e ONG’s) ?

Essa dúvida veio crescendo ao longo das últimas semanas , quando percebi, com mais clareza, que a imprensa tem pouco peso - alguns órgãos mais outros quase nenhum - em relação ao que acontece em Brasília. A CPMF - um assunto econômico - foi decidida politicamente (primeira derrota política do presidente Lula). Mas, infelizmente, para mim pouco ou nada vai mudar. O presidente Lula ocupará os espaços na sua maneira usual, os reflexos da não prorrogação da CPMF se farão sentir nas decisões que o governo irá tomar. E quem pagará a conta, sem dúvida, seremos nós, o povo, os contribuintes. E será que é isso, questionando, na maioria das vezes, o que acontece em Brasília que quero continuar fazendo ? Por isso, preciso parar para pensar.Ou me engajo de vez na minha “veia jornalística”, ou o projeto de vida será outro.

Queria, portanto, agradecer todos aqueles que me prestigiaram esse tempo todo, que leram e comentaram meus artigos no Jornal do Brasil e na Gazeta Mercantil. Que mantiveram ativo o meu blog, visitando e opinando.


Grato, mesmo !