segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Prezados leitores e leitoras

Na ânsia de melhor informar e comentar, a coluna Curtas (Política, Economia, Variedades e Esportes) extrapolou, nesta edição , o limite do razoável. Com isso a estética do blog ficou prejudicada , embora - creio eu - as informações lá prestadas e os comentários efetuados devam trazer algum interesse para quem nos prestigia neste espaço. Faz parte do processo de aprendizagem de lidar com um veículo novo, mas , tenho certeza, que Ricardo e eu estaremos evoluindo a cada nova edição. Tenham, pois, paciência com este aprendiz de “blogueiro” e boa leitura.

Grato

Alcides Amaral

domingo, 23 de setembro de 2007

Democracia à brasileira !

O presidente Lula nas suas viagens e aparições públicas não cansa de elogiar a democracia brasileira , que é o sustento da nossa atividade política e econômica. Não há porque discordar de suas palavras pois mesmo com os constantes escândalos em Brasília, o povo continua trabalhando, há revolta contra o que acontece no Congresso Nacional, mas não há anarquia. A pergunta que fica é que tipo de democracia é essa na qual interesses do povo ficam atrás dos interesses individuais dos parlamentares e dos seus partidos.

Também revoltado com o que acontece em Brasília e curioso por entender que democracia é essa que tanto elogiamos , fui ao dicionário Houaiss da língua portuguesa e encontrei várias definições de democracia, a saber : 1- governo do povo, governo em que o povo exerce a soberania ; 2- sistema político cujas ações atendem aos interesses populares; 3-governo no qual o povo toma as decisões importantes à respeito das políticas públicas , não de forma ocasional ou circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade ; 4-sistema político comprometido com a igualdade ou com a distribuição eqüitativa do poder entre todos os cidadãos ; 5-governo que acata a vontade da maioria da população,embora respeitando os direitos e a livre expressão das minorias; e assim por diante.

Diante dessa definição, pergunto a mim mesmo : é essa a democracia que temos no Brasil ?Certamente que não.

O que vemos, com tristeza, é o povo sendo totalmente ignorado pelos governantes, especialmente por aqueles que , eleitos pelo mesmo povo, ocupam as cadeiras do Congresso Nacional . Alguns ainda criticam o eleitor que não saberia votar e que precisa, nas próximas eleições, eleger novos representantes que obedeçam as regras da democracia. Entretanto, ouço tais comentários desde que me conheço por gente, as eleições se repetem, novos candidatos são eleitos e o resultado final está aí. Que me lembre, desde o episódio dos “anões”, nunca o Congresso Nacional esteve tão exposto à opinião pública pelas mazelas que lá acontecem. Certamente há deputados e senadores sérios e honestos, mas no fim o mal sempre prevalece. Os interesses políticos, o dinheiro para obras do parlamentar, a falta de compromisso com seu eleitor levam aos “mensalões”, à absolvição do senador Renan Calheiros e a desmoralização total do Congresso Nacional. Instituição esta que custa dinheiro, muito dinheiro aos cofres públicos, e que pouco ou quase nada faz em prol da população.

Segundo frase atribuída a Fernando Gabeira, “o sonho do PT é o modelo chinês, autoritarismo político e liberalismo econômico” . Para nós brasileiros parece ser essa a realidade. Os políticos fazem o que querem e como querem e estão sempre por lá, navegando nos corredores do Congresso. Não bastasse, segundo frase atribuída ao mestre Millor, “bons tempos aqueles que os Três Poderes eram o Exército, a Marinha e a Aeronáutica.”Creio tratar-se mais de uma provocação ou resultado do bom humor do mestre Millor, mas o fato é que os militares devem permanecer onde estão, cuidando zelosamente das suas atribuições.

A conclusão é que, infelizmente, temos no Brasil uma “Democracia à brasileira” na qual o povo pode manifestar-se livremente mas não manda nada, pois não tem seus poderes - aqueles da verdadeira democracia - respeitados. Só temos obrigações. osso voto , na prática, nada representa. Temos que encontrar outros caminhos -o movimento “Cansei” é um deles - para fazer prevalecer nossos direitos. Enquanto isso temos de ficar sujeitos as tratativas de Brasília e de um Congresso que nos envergonha pois distorce os valores éticos da nossa sociedade.

Relembrando

No dia 28 de Novembro de 2005 o jornal O Estado de São Paulo publicou artigo de minha autoria intitulado “O circo de Brasília”. Fazem portanto quase dois anos e o que temos visto é que a situação lá em Brasília só piorou. O mesmo Gabeira citado no artigo de fundo de hoje “ Democracia à brasileira” dizia à época que “20 cassações não vão resolver o processo de limpeza do Congresso”. E o que se viu é que o “mensalão” transformou-se numa verdadeira pizza e só uns poucos incautos foram punidos. Vale, pois recordar, para a sociedade começar a se posicionar ( o projeto “Cansei” é um começo tímido ) para que tenhamos um Congresso Nacional que não nos envergonhe.

O Circo de Brasilia

“O país perdeu a inteligência e a consciência moral, Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência “

Eça de Queiroz, 1871

Quando garoto uma das minhas maiores diversões era assistir à matinê dos domingos do Circo Piolim, instalado ali próximo do Pacaembu. Sentava-me com amigos na arquibancada do, então, famoso circo, e divertia-me a valer com as palhaçadas do Piolim e seus ajudantes de palco. Sapatos mais parecendo pés de pato, calças de cintura folgada e o indispensável nariz vermelho. Eram dezenas de espectadores , vestidos da melhor maneira que podiam, assistindo aos impagáveis palhaços.

Os tempos mudaram, a televisão foi inventada, o Congresso Nacional passou a ter importância marcante nas nossas vidas, as CPI’s foram criadas e os papéis se inverteram. As declarações da última semana do amigo do presidente Lula e presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), sr. Paulo Okamotto, foram, para mim, a gota d’água e um basta em toda essa hipocrisia a que assistimos diariamente pela televisão. Somos 170 milhões de “palhaços” - só nos falta o nariz vermelho - assistindo atentos por meses seguidos debates envolvendo senhores engravatados e senhoras bem vestidas. Só que ao invés de nos fazerem rir, nos fazem chorar. Chorar de vergonha , de desalento, pelo desprezo que muitos deles têm pela população brasileira. Mentem descaradamente desde que essa seja a melhor ou única saída, mas todos são tratados com o máximo respeito. V. Excia para cá, V.Excia para lá, e os resultados que a população aguarda , isto é, a punição exemplar dos responsáveis vai ficando para depois. O próprio presidente Lula em um dos seus inúmeros discursos afirmou, em Setembro, que “Não há por que ficarmos mais ou menos traumatizados. As mentiras e verdades que foram ditas vão aparecer e aqueles que tiverem culpa pagarão pelos erros cometidos”.

O que se viu até agora não representa o desejo do presidente, se é que ele ainda pensa assim. Quando seu amigo Okamotto afirma que pagou a dívida de R$ 29,4 mil que Lula tinha com o PT mesmo considerando que tal dívida era um equívoco de responsabilidade do ex-tesoureiro Delubio Soares, dá, mais uma vez, vontade de chorar. Não bastasse , afirmou que a dívida foi paga em algumas parcelas, em dinheiro vivo, pois era assim que deveria fazê-lo. Ora, na era da internet, qunado as transações eletrônicas estão deixando para trás inclusive os cheques, o sr.Okamotto e seus amigos do PT ainda circulam com dinheiro vivo. Ouvindo tal declaração, o velho Piolim me volta a cabeça pela sua pureza de propósitos, isto é, divertir e não ludibriar a criançada.

Mas o circo de Brasília tem muito mais a nos ensinar. Embora cada partido tenha interesses próprios a defender, as CPI’s procuram realizar seu trabalho , tentando desvendar o “valerioduto” - de onde veio e para onde foi o dinheiro. Mas as barreiras são enormes. Muitos dos depoentes lá aparecem com “habeas corpus” debaixo do braço o que lhes permite mentir, e o fazem, sem o risco de sofrer qualquer punição. Bandidos são tirados da cadeia para, amparados pela “delação premiada”, declararem aquilo que não declararam quando foram presos. Se conseguirem criar fatos novos, suas penas serão reduzidas. É uma beleza essa lei de 2002, que premia o delator. A votação da cassação do deputado federal José Dirceu sofreu, na última semana, seu 3º adiamento e tudo depende do que acontecerá nesta semana. Ou será cassado como indicava o deputado Fernando Gabeira ( “Ele, Dirceu, tem uma história política, mas se perdeu no caminho”) ou novas surpresas surgirão ( inclusive por parte do Supremo Tribunal Federal), pois agora o vice-presidente José Alencar passou a defendê-lo publicamente, o que não faz com relação ao ministro Palocci, por exemplo, que só recebe críticas pelas “altas taxas de juros”. É , os juros devem ser crime maior do que aqueles que o deputado José Dirceu eventualmente cometeu.

O nariz do povo brasileiro fica vermelho outra vez quando depois de acompanhar atentamente a CPI conhecida como do “Mensalão”, toma conhecimento pela imprensa que o prazo da mesma esgotou-se antes que o relator, deputado Ibrahim Abi-Ackel, pudesse apresentar o relatório final . O vergonhoso e comprovado “mensalão”, que foi habilmente transformado em “caixa 2”, agora fica no limbo ou, conforme definição de um jornalista, “a pizza foi servida crua e fria”. Por essa e por tantas outras, fica fácil entender a razão da morte da “Velhinha de Taubaté”. Nem ela que sempre acreditou nos políticos e no Brasil teve forças para enfrentar mais esse duríssimo desafio.

Mas os 170 milhões de “palhaços” estão perdendo a paciência. Pesquisa de opinião da CNT/Sensus divulgada na última semana mostra que o Presidente Lula tem, atualmente, a pior avaliação do governo quando, segundo ele, tudo vai muito bem, o país crescendo em ritmo sustentado. A avaliação positiva que em setembro era de 35,8% caiu agora para 31,1%. e a maior parte dos pesquisados ( 42,8% ) acredita que Lula “participou da corrupção”.
Diante desse vergonhoso quadro para nós brasileiros, concordamos,mais uma vez, com o deputado Fernando Gabeira quando ele afirma que “Vinte cassações não vão resolver o processo de limpeza do Congresso”. É preciso muito mais gente fora do Congresso, depoentes que falsearam com a verdade colocados na cadeia, para que o Brasil volte a ser respeitado e os palhaços - aqueles verdadeiros, que fazem rir e não chorar - fiquem limitados aos picadeiros dos circos ainda existentes nesse país afora.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

APERTAR OS CINTOS

“Apertar os cintos”, de verdade, é o que o governo brasileiro ( incluindo executivo, legislativo e judiciário ) deveria estar fazendo frente à crise mundial anunciada, mas cuja intensidade ninguém pode prever. O que vemos, infelizmente, é o presidente Lula declarar, em alto e bom som,que “isso é problema dos EUA” e “não aceitaremos que joguem nas nossas costas os prejuízos de um jogo que não jogamos” . Santa ingenuidade.

A maior responsabilidade pela crise vivida nessas últimas semanas é certamente das autoridades norte-americanas. Deixaram a “bolha imobiliária” crescer acreditando que o ajuste viria ao longo do tempo, sem maiores conseqüências.E não foi isso o que aconteceu.

O mundo desenvolvido, preocupado com os primeiros problemas no mercado chamado de “subprime”, agiu rapidamente . Vários bancos centrais injetaram recursos na economia e, só o FED , injetou mais de US$ 150 bilhões. Quando se sabe que na crise do Brasil o FMI e os governos do G-8 socorreram o País com um “gigantesco” pacote de US$ 40 bilhões, imaginem qual a dimensão do problema atual. Certamente o FED e o governo norte-americano (que também criou facilidades para a renovação de hipotecas vencidas) sabem mais do que está nos jornais.

As indicações de que não se trata de uma “bolha passageira” e que a economia real será atingida, são várias.O estoque de casas não vendidas é o maior nos últimos 16 anos. O setor imobiliário já está em recessão o que é comprovado por recente pesquisa da norte-americana Nabe (Associação Nacional de Economia de Negócios), segundo a qual o “calote imobiliário” é a preocupação maior naquele País. O “terrorismo” passou para 2º lugar.

William Rhodes, veterano presidente do Citigroup, afirmou há 10 dias na China que “a crise imobiliária irá contaminar a economia real”. A redução de 4000 postos de trabalho nos EUA em agosto (quando se esperava um aumento de 110.000 ) assusta pois é a primeira queda desde 2003.

Portanto, que o crescimento da economia norte-americana será afetado parece que não há dúvidas. Há aqueles que já indicam que ela será, em 2008, um ponto percentual menor do que os 2,6% até agora previstos.

E aí é que entra o nosso governo, que parece acompanhar tudo de binóculo. É certo que o nível das nossas reservas internacionais impede qualquer “ataque ao real” nos moldes que tivemos no passado, mas isso não é tudo. Como o “céu de brigadeiro” do cenário internacional parece estar começando a ficar carregado, é hora de agirmos com urgência para a melhoria dos nossos fundamentos internos. As empresas sentem-se asfixiadas com a pesada carga tributária , os altos encargos trabalhistas forçam a informalidade, e assim por diante. Seria a hora de mostrar que o Brasil tem governo, que está atacando os problemas que impedirão um crescimento futuro mais acelerado ao invés de acharmos que está tudo bem porque a economia cresceu 4,9% no 1ª semestre.

O que vemos, entretanto, é a Câmara trabalhando num novo trem da alegria, colocando mais 260.000 servidores assentados oficialmente na máquina pública e o Executivo projetando mais 30.000 empregos para 2008. A única preocupação do governo é a prorrogação do CPMF, o que vai ficar mais fácil com a “traição” dos senadores (aos seus eleitores), que deixaram Renan Calheiros no poder.

O que aprendi ao longo da minha vida profissional é que devemos agir, antecipar os problemas antes que eles aconteçam. Com tal postura, os eventuais danos serão minimizados. Mas parece, infelizmente, que o governo pensa ao contrário.

( Este artigo foi publicado no Jornal do Brasil do dia 16/9/2007)

Relembrando

No artigo abaixo "Exportar ou Comer" publicado no Estadão no dia 5/11/2001 procuravamos mostrar quanta falta de sorte ( ou conhecimento) do então candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que "nenhum país soberano, nenhum país que respeita seu povo exporta aquilo que falta na mesa do povo para comer". O artigo mostra como Lula estava errado na sua afirmação ( ou já "não sabia" ), pois nunca exportamos aquilo que falta para o povo. Graças às exportações em geral, inclusive "commodities" ,conseguimos superavits significativos que nos permitiram criar um colchão de reservas internacionais que hoje impede qualquer ataque significativo ao nosso real. Vale, pois, relembrar.


Veja aqui o "Espaço Aberto" do Estadão de 05/11/2001:

Quando há cêrca de um mês o presidenciável Lula declarou que só deveriamos exportar depois que o povo tivesse tomado café da manhã, almoçado e jantado acreditavamos que era mais uso de retórica, uma provocação ao presidente Fernando H.Cardoso que havia lançado o desafio “exportar ou morrer”. Frase de efeito que faria parte do jôgo político e do processo eleitoral visando as eleições de 2002. Seria uma simples amostra do que teremos que ouvir ao longo dos próximos 12 meses.

Entretanto, na medida em que êle voltou ao assunto - “nenhum país soberano , nenhum país que respeita seu povo, exporta aquilo que falta na mesa do povo para comer” - no lançamento do projeto “Moradia” há dez dias no Rio de Janeiro, aí o assunto passou a adquirir ares de seriedade. Ou o sempre candidato Lula realmente acredita que ao exportarmos alimentos estamos tirando-os da bôca do povo ou está induzindo a êrro o mesmo povo que êle tanto defende . E, em ambas as alternativas, é lamentável que isso aconteça.

Não há brasileiro que não o apoie no programa “Fome Zero”. Reduzir - ou tentar reduzir - a pobreza deste país é um ato louvável em qualquer circunstância.Embora alguns questionem a eficácia de tal programa, o fato de estarmos copiando-o dos Estados Unidos e assim por diante, o que importa é a intenção, prioridade a ser dada a essa grande demanda da nossa sociedade. Todos sabem que essa não é tarefa para um único govêrno mas chegou a hora de tratarmos do assunto com muito mais seriedade do que foi tratado até aqui, não apenas no Brasil mas , também ao redor do mundo civilizado. Não dá mais para assistir-mos pacientemente crianças e velhos morrendo do fome por não ter o que comer.

Quando êle fala que o dinheiro “se arranja” pois se foi possível disperdermos cêrca de R$ 30 bilhões no Proer não há pôrque duvidar-se que o govêrno possa dispôr de R$ 10 bilhões no combate a fome, temos que concordar . Certamente o Proer foi importante para a estabilidade do Sistema Financeiro e para a nossa economia como um todo mas não há como não ser simpático com a tese de que “em se querendo, se consegue”.Embora não será com mais R$ 10 bilhões que iremos eliminar a fome mas é um esforço considerável que temos que apreciar.

Entretanto, entristesse-nos profundamente vê-lo declarar que nossas exportações são responsáveis pela falta de alimentos na mesa do nosso sofrido povo. Uma inverdade que pode ser constatada em cada um dos milhares de super-mercados espalhados por este país . Com R$ 1,38 podemos comprar quantas latas de óleo de soja que queremos, com R$ 1,00 quantos litros de suco de laranja que tivermos a capacidade de tomar bem como com R$ 1,69 podemos comprar quantos quilos de frango que nosso estomago pode absorver. O que falta pois não é alimento e sim dinheiro no bôlso do povo para poder comprar o que êle necessita para viver dignamente.

Para que o poder aquisitivo do povo possa melhorar um dos caminhos é, exatamente, as exportações. Na medida que vendermos para o exterior algo como US$ 60 bilhões em 2001 estaremos gerando mais divisas - os dólares tão necessários para o equilibrio das nossas contas externas - e milhares de emprêgos.São brasileiros cujo ganha-pão vem da produção da soja, do plantio do café , da confecção de calçados ou da montagem de celulares. E como o que exportamos , especialmente na área de agro-industria , é excedente da produção não consumida internamente, ao deixarmos de fazê-lo estariamos prestando um deserviço ao país. Portanto, deixar de efetuar vendas externas de US$ 15 bilhões - valor previsto das exportações de agro-negócios neste ano 2001 - além de não colaborar para tornar a mesa do povo mais farta ajudaria, ao contrário, a eliminar mais alguns alimentos daqueles poucos que êle consome.

Como claramente constatado a opção “exportar ou comer” simplesmente não existe. O combate a fome e à pobreza , isto sim, é a única opção que temos para fazer do Brasil um país mais justo socialmente. E se Lula vier a ser o próximo presidente da República, que êle possa exercê-la com tôda energia. Esperamos, apenas, que para “arranjar” os R$ 10 bilhões êle não venha a copiar o govêrno Fernando H. Cardoso que para efetuar a devida correção da tabela do imposto de renda quer que os reais necessários venham do bôlso dos mesmos 12 milhões de patriotas que declaram anualmente imposto de renda neste país. Ou ainda como o govêrno PT de Marta Suplicy que como primeira importante medida esta elevando o IPTU dos habitantes da cidade de São Paulo.