Os jornais hoje estampam grandes manchetes informando que o governo está estudando medidas para segurar a valorização do real.
Enquanto tais medidas não forem estabelecidas, fica difícil dizer quais os efeitos positivos e negativos do anunciado "pacote".
Algumas verdades, porém, precisam ser ditas :
- o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, é a pessoa quem tem sido a mais ponderada no que diz respeito aos comentários referentes a valorização do real e os eventuais riscos que o país pode correr ;
- abaixar os juros locais seria o melhor caminho para colocar o "real" do seu lugar, na medida que o "real" deixasse de oferecer prêmio aos investidores e especuladores. Mas isso o governo não vai fazer pois a inflação está por aí, e essa é a melhor arma que o governo possui para controlá-la;
-o governo foi lerdo demais - o que não é novidade - em perceber que alguma coisa de errado estava acontecendo com a valorização do "real". Não é possível que nossa moeda seja aquela que mais se valoriza em relação ao dólar no mundo inteiro. Mas era conveniente ter o dólar desvalorizado, para favorecer as importações e segurar os preços internos e cumprir as metas inflacionárias.
- como foi lerdo, agora terá que emitir um "pacote" que, se tiver efeito , fará o dólar subir o que poderá pressionar um pouco mais a inflação. Que fazer, aumentar os juros locais que já estão nas alturas ou "chorar sobre o leite derramado" ?
Por diversas vezes alertei para a valorização excessiva do "real", e que um dia teríamos que enfrentar a realidade. Parece que a hora chegou. Vamos, agora, testar a capacidade do governo em estabelecer regras que atinja seus objetivos e não crie impactos negativos na economia.
Esse é um tema que certamente ocupará a mídia pelos próximos dias, e os visitantes deste espaço poderão acompanhar a opinião de quem conviveu com o inesquecível Mário Henrique Simonsen, para quem "a inflação aleija mas o dólar mata". A situação , à época, era diferente mas o lembrete ainda é válido.
Enquanto tais medidas não forem estabelecidas, fica difícil dizer quais os efeitos positivos e negativos do anunciado "pacote".
Algumas verdades, porém, precisam ser ditas :
- o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, é a pessoa quem tem sido a mais ponderada no que diz respeito aos comentários referentes a valorização do real e os eventuais riscos que o país pode correr ;
- abaixar os juros locais seria o melhor caminho para colocar o "real" do seu lugar, na medida que o "real" deixasse de oferecer prêmio aos investidores e especuladores. Mas isso o governo não vai fazer pois a inflação está por aí, e essa é a melhor arma que o governo possui para controlá-la;
-o governo foi lerdo demais - o que não é novidade - em perceber que alguma coisa de errado estava acontecendo com a valorização do "real". Não é possível que nossa moeda seja aquela que mais se valoriza em relação ao dólar no mundo inteiro. Mas era conveniente ter o dólar desvalorizado, para favorecer as importações e segurar os preços internos e cumprir as metas inflacionárias.
- como foi lerdo, agora terá que emitir um "pacote" que, se tiver efeito , fará o dólar subir o que poderá pressionar um pouco mais a inflação. Que fazer, aumentar os juros locais que já estão nas alturas ou "chorar sobre o leite derramado" ?
Por diversas vezes alertei para a valorização excessiva do "real", e que um dia teríamos que enfrentar a realidade. Parece que a hora chegou. Vamos, agora, testar a capacidade do governo em estabelecer regras que atinja seus objetivos e não crie impactos negativos na economia.
Esse é um tema que certamente ocupará a mídia pelos próximos dias, e os visitantes deste espaço poderão acompanhar a opinião de quem conviveu com o inesquecível Mário Henrique Simonsen, para quem "a inflação aleija mas o dólar mata". A situação , à época, era diferente mas o lembrete ainda é válido.