quarta-feira, 12 de março de 2008

Lá fora, o pessimismo continua

A posição assumida ontem pelos FED - Banco Central Norte-Americano e alguns outros bancos centrais, de injetarem mais bilhões de dólares na economia para esvaziarem a bolha imobiliária e dar algum folego para recuperação economica americana, foi aceita de maneira bastante positiva pelos mercados. Os preços das ações subiram em todo mundo , muito otimismo e os comentários, àquela altura, eram ; agora vai.

Entretanto, lendo hoje comentários de analistas internacionais parece que a crise não tem fim. O volume de dinheiro colocado à disposição do mercado não é suficiente, diz o economista chefe da Merill Lynch, enquanto que o Financial Times publica matéria segundo a qual o problema da "bolha imobiliária " não seria de bilhões de dólares mas sim de dois ou tres trilhões de dólares.

Com esse clima de pessimismo, não há como estabelecer tregua no mercado e as transações com esses papéis voltarem à normalidade, com os descontos necessários. Não sei onde está a verdade mas o fato é que enquanto as pessoas não acreditarem que o FED, bancos centrais e governo americano estão no caminho certo, poderemos ter uma crise sem precedentes.

Os balanços do 1º trimestres dos bancos comerciais e de investimentos darão um pouco mais de luz `s essa discussão. O importante é que as autoridades envolvidas em salvar o sistema consigam virar essa página, para os mercados voltarem a atuar com alguma racionalidade.

Continuo firmemente acreditando que não haverá quebradeira no mercado (pois estamos falando de grandes bancos comerciais e de investimento) , mas que os bancos favorecidos pela ajuda do governo terão uma dura conta para pagar. Abril, quando saem os balanços trimestrais, será, para mim, o mes da verdade.

Até lá vamos conviver com a tradicional "volatilidade" , justificativa que o mercado inventou para não termos que dizer que não sabemos o que está acontecendo e o que vai acontecer.

Por enquanto, um chá de camomila ajuda a controlar a ansiedade e nervosismo.

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