Depois de muitos meses de estudos elaborados pelo ministério da fazenda, o ministro Guido Mantega informou para alguns empresários na última semana o esboço da reforma tributária a ser encaminhada pelo governo ao Congresso. Alívio geral, a Receita Federal não está envolvida, então o Leão não deverá vir por aí.
O que cusou surpresa é que, desta vez, os empresários parece que gostaram do que viram e acreditam que finalmente teremos uma reforma tributária para tornar o país mais eficiente e menos honeroso para eles e o povo em geral.
Ledo engano, ouso afirmar. Não duvido que para os empresários a reforma possa ser positiva, pois só a redução do número de impostos com a introdução do IVA - Imposto de Valor Adicionado, já reduzirá o custo burocrático das empresas. Mas reduções de alíquotas em sí, que venham reforçar o bolso do povão é muito difícil, mesmo impossível, de acreditar.
Em primeiro lugar, os empresários lutaram para derrubar a CPMF e, pelo que eu saiba, as empresas não transferiram para o consumidor a redução advinda da eliminação do "imposto sobre cheques". A Fiesp que lutou arduamente para derrubar o imposto, deveria ,agora, efetuar o mesmo empenho para que a redução conseguida vá para o bolso de quem realmente paga impostos, pois as empresas só o repassam.
De estranhar, também, que o governo federal seja generoso e reduza alguma alíquota dos inúmeros impostos existentes, quando recentemente derramou "lágrimas de sangue" com a extinção da CPMF. "O governo não pode viver sem os R$ 40 bi ", diziam todos da cúpula governamental,inclusive o presidente Lula. O cenário agora mudou ? O governo já tem aonde buscar os R$ 40 bi e o adicional que colocará no bojo da reforma tributária ? Sinceramente, não dá para acreditar.
E os estados como ficarão desta vez ? Terão certamente menos verbas transferidas para seus estados ( com a perda da CPMF) e ainda concordarão em participar da reforma tributária com sua cota de sacrifício ? Impossível de acreditar (já estou ficando repetitivo). Como já dizia o Barão de Itararé, "Não é triste mudar de idéias ; triste é não ter idéias para mudar".
Na última tentativa do governo Lula de efetuar a reforma tributária, os governadores foram em peso para Brasília e acabaram com a brincadeira. Se ninguém abre mão de nada - governo federal, estadual e municipal - como é que poderemos ter uma reforma tributária que reduza o peso dos impostos para o contribuinte?
Portanto, dentro de alguns dias teremos o início da discussão em torno da reforma tributária, tão importante e tão aguardada. Com o "andar da carruagem" o máximo que poderemos ter é uma "mini-reforma" , com benefícios para os empresários , e se a Receita Federal não vier com nenhuma surpresa, quem sabe alguns reais a mais para o bolso do contribuinte pessoa física com a redução das alíquotasdo imposto de renda. Coisa pouca, é verdade, mas melhor do que nada.
Como já dizia um sábio e conhecido ex-ministro, "toda vez que o governo fala em reforma tributária é para aumentar impostos". Iremos ficar surpresos se essa máxima não prevalecer desta feita. Não há vontade política de ninguém no governo para abrir mão da sua receita, a favor da redução do valor do débito rotativo da maioria do povo brasileiro. Que se endividou para consumir e fazer a economia crescer e que, hoje, está ficando com os bolsos vazios.
O que cusou surpresa é que, desta vez, os empresários parece que gostaram do que viram e acreditam que finalmente teremos uma reforma tributária para tornar o país mais eficiente e menos honeroso para eles e o povo em geral.
Ledo engano, ouso afirmar. Não duvido que para os empresários a reforma possa ser positiva, pois só a redução do número de impostos com a introdução do IVA - Imposto de Valor Adicionado, já reduzirá o custo burocrático das empresas. Mas reduções de alíquotas em sí, que venham reforçar o bolso do povão é muito difícil, mesmo impossível, de acreditar.
Em primeiro lugar, os empresários lutaram para derrubar a CPMF e, pelo que eu saiba, as empresas não transferiram para o consumidor a redução advinda da eliminação do "imposto sobre cheques". A Fiesp que lutou arduamente para derrubar o imposto, deveria ,agora, efetuar o mesmo empenho para que a redução conseguida vá para o bolso de quem realmente paga impostos, pois as empresas só o repassam.
De estranhar, também, que o governo federal seja generoso e reduza alguma alíquota dos inúmeros impostos existentes, quando recentemente derramou "lágrimas de sangue" com a extinção da CPMF. "O governo não pode viver sem os R$ 40 bi ", diziam todos da cúpula governamental,inclusive o presidente Lula. O cenário agora mudou ? O governo já tem aonde buscar os R$ 40 bi e o adicional que colocará no bojo da reforma tributária ? Sinceramente, não dá para acreditar.
E os estados como ficarão desta vez ? Terão certamente menos verbas transferidas para seus estados ( com a perda da CPMF) e ainda concordarão em participar da reforma tributária com sua cota de sacrifício ? Impossível de acreditar (já estou ficando repetitivo). Como já dizia o Barão de Itararé, "Não é triste mudar de idéias ; triste é não ter idéias para mudar".
Na última tentativa do governo Lula de efetuar a reforma tributária, os governadores foram em peso para Brasília e acabaram com a brincadeira. Se ninguém abre mão de nada - governo federal, estadual e municipal - como é que poderemos ter uma reforma tributária que reduza o peso dos impostos para o contribuinte?
Portanto, dentro de alguns dias teremos o início da discussão em torno da reforma tributária, tão importante e tão aguardada. Com o "andar da carruagem" o máximo que poderemos ter é uma "mini-reforma" , com benefícios para os empresários , e se a Receita Federal não vier com nenhuma surpresa, quem sabe alguns reais a mais para o bolso do contribuinte pessoa física com a redução das alíquotasdo imposto de renda. Coisa pouca, é verdade, mas melhor do que nada.
Como já dizia um sábio e conhecido ex-ministro, "toda vez que o governo fala em reforma tributária é para aumentar impostos". Iremos ficar surpresos se essa máxima não prevalecer desta feita. Não há vontade política de ninguém no governo para abrir mão da sua receita, a favor da redução do valor do débito rotativo da maioria do povo brasileiro. Que se endividou para consumir e fazer a economia crescer e que, hoje, está ficando com os bolsos vazios.