A fala do presidente do FED ao Senado americano ontem foi de uma clareza e sinceridade que temos que respeitar. Foi realista quando disse que os problemas ainda existem, que nada será resolvido em um trimestre, mas que a economia americana não entrará em recessão pois o governo ( e o Fed) estão agindo e agirão sempre que necessário.
Isto é, "o problema está aí, ainda não todo resolvido, mas estamos , agora, tomando as necessárias decisões e assim será daqui para frente."
Mais uma vez, eu leigo nesse mercado, não entendo o que o "mercado" queria ouvir. Disse o que deveria ser dito, pelas palavras do Bernanke não tem maiores crises aí pela frente ( recessão, etc) e agora todos estão vigilantes. Daí a reação do mercado, para baixo , mais parece que é "jogo de vendidos" ou daqueles que quiseram se apropriar dos lucros de 3 dias de altas no mercado acionário.
Por isso, continuo afirmando que essa "roleta global" é só para entendidos, pois tem muitos "MBAs" espalhados pelo mundo tomando decisões que favorecem seu negócio e não aquilo que seria mais adequado para o mercado como um todo.
Mais uma vez,a volatilidade vai continuar, ela é oportuna para alguns e os novos fatos(que acontecerão semanalmente) darão o tom pelo peso que os "analistas" consideram adequado.
Continuo acreditando que as boas empresas valem , na maioria das vezes, mais do que o mercado representa hoje, pois são bem posicionadas, lucrativas, e com planos sólidos de crescimento. Quem "casar" com uma delas não irá perder no longo prazo, mas no curto brazo quem manda é a "roleta global", infelizmente.
3 comentários:
Caro Alcides,
Há tempos uma questão martela minha cabeça - Por quanto tempo a economia americana vai resistir neste modelo de déficit gêmeos? já são + de 25 anos! Nos últimos anos a economia americana produziu mais bolhas que sabão em pó e consequentemente crises! mas esta(hipotecas)me parece perigosa. Ela me faz lembrar Akio Morita, que ao saber no início dos anos 80, que a Mitsubishi havia comprado o Rockefeller center(US$ 1 bi)e que dos 18 hotéis na praia de honolulo 17 eram japoneses disse:"Como Pearl Habor não funcionou,desta vez decidimos comprar".Bem não levaram uma "little boy" na cabeça mas tiveram( o Rockefeller foi recomprado pela metade do preço)não uma recessão mas + de uma década de estagnação.A causa? crise imobiliária. Com a venda de um quitinete em Tokio você comprava uma mansão em Malibú.A cada dia vemos relâmpagos no céu.Hoje foi o fundo CSO Partners (Citi) que não permitiu resgates de seus cotistas. Talvez nem chova, mas se a tormenta for forte aí veremos se a "sabedoria e filosofia" do nosso governo nos imunizou!
Abraços
Prezado Jay
Grato pelo seu comentário.... quando o episódio do fundo CSO Partners (Citi) aconteceu ?
Abraços
Prezado Alcides,
por motivo de força maior, e coloca maior nisso!!!(chuvas,alagamento e falta de energia elétrica)não pude responder sua questão e é provável que a esta hora você já a tenha obtido.Mesmo assim segue abaixo:
Citigroup/CSO Partners
15 Feb 2008
Bad debts force Citigroup fund to halt investor redemptions
The Wall Street Journal
Citigroup has barred investors in CSO Partners, one of its hedge funds, from withdrawing their money, another black eye for the financial behemoth's troubled foray into new types of investments.
The Wall Street bank suspended redemptions in the fund specialising in corporate debt, after investors tried to yank more than 30% of the fund's roughly $500m (€341.1m) in assets. To stabilise the fund, which had an 11% loss last year, Citigroup last month injected $100m. The weak performance by CSO Partners and other Citigroup hedge funds contributed to an 89% decline in fourth-quarter net income by the bank's alternative-investment unit.
Meanwhile, Citigroup’s leveraged fund, Falcon Plus Strategies, plunged 52% in last year's fourth quarter, as the bank struggled to contain the damage caused by the bond market's meltdown. In a letter this week, Citigroup warned investors to expect additional losses as the fund, which was essentially a bet that the worst was over, tries to dump some of its battered holdings.
Abraço
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