sábado, 15 de março de 2008

Citi fortalecido no Brasil

Baseado numa reunião informal do CEO do Citibank, Mr. Vikram Pandit, com analistas em NY, a M. Lynch emitiu relatório ontem reportanto alguns dos assuntos discutidos. O mais importante para nós aqui no Brasil é quando o relatório diz que "It seemed clear that this will not be a process of splittting up Citi; in the targeted Emerging Markets, universal banking is a key strengh".

Em outras palavras, os principais mercados emergentes ( e o Brasil é um deles ) fazem parte da força global do Citibank. Isto não quer dizer que em Abril ou Maio sejam anunciados ajustes na estrutura de custo do banco como o todo e o Brasil também seja afetado, mas , pelo tom da conversa de Mr. Pandit e do relatório, o Citi no Brasil fica como está, fortalecido pois está contribuindo positivamente para a Organização. Creio que os "boatos" de venda estarão eliminados, de vez, em um ou dois meses.

Mr. Pandit encontra-se "excitado" com a maioria dos negócios, principalmente fora dos Estados Unidos. Estão havendo estudos para que se estabeleça "the right structure and management" mas os detalhes só serão oferecidos ao mercado no dia 9 de Maio, o chamado "Citi Day".

Até lá a M.Lynch mantem a ação do Citi como "neutral" embora suas projeções mostrem resultados excelentes a partir de 2009 ( lucro acima de US$ 20,0 bilhões).

Como ex-citibankense fico feliz com esse relatório, que não esconde as dificuldades atuais da organização, mas desenha um futuro muito positivo, com o Citi readquirindo a pujança que sempre teve.

Estamos acompanhando e torcendo pois afinal o Citi ainda é parte da nossa casa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Alcides,
Desde o ano passado venho acompanhando o seu blog, mas até então ainda não havia escrito por aqui. Após um dia tenso no mercado, com a queda vertiginosa das ações do Bear Sterns e mais uma forte queda das ações dos principais bancos mundiais envolvidos na crise, gostaria de ouvir do senhor quais as suas impressões sobre o futuro no curto prazo destas instituições. Algumas, como o caso do UBS, já perderam metade de seu "market value" do início da crise. O senhor acredita que possa haver movimentos de fusão e aquisição por parte dos bancos menos afetados assim que a turbulência der sinais de que está ficando para trás?
Abraços e força para continuar com seu blog, pois bato ponto diariamente.
Renato.

Alcides Amaral disse...

Prezado Renato

Grato por estar conosco diariamente. A situação dos bancos norte-americanos (principalmente) ainda é bastante complicada pois os ativos perderam muito valor e, ao certo, ninguém sabe bem quanto valem. Esse é o problema maior. O FED e o Governo Americano estão fazendo o que podem ( e continuarão ) pois é um problema de mercado ... se um quebrar, a indústria toda corre perigo. Pode, sim, haver fusões e o Bear Stern e o Lehman são fortes candidatos a serem absorvidos por outras instituições. O UBC também tem problemas para não acabar mais, entretanto também sobriverá, porém em menor escala.
O certo é que quando todos os bancos tiverem consciência dos problemas que possuem e efetuarem as provisões necessárias, haverá muito ajuste estrutural e vai sobrar bancário por esse mundo afora. Terão que fazer por necessidade e também por pressão das autoridades que estão colocando dinheiro para os bancos continuarem rodando.
Creio que a partir de Abril (com os balanços do 1º trimestre) a situação começará a clarear-se e aí teremos melhor indicação para saber se os prejuizos são na casa dos mihões de dólares ou de bilhões de dólares, como disse recentemente o Financial Times.
Quem for acionistas desses bancos terá que ter muita paciência para recuperar o seu dinheiro e quem for credor não deve desesperar-se pois essa é uma missão que o próprio Bush tem que resolver.
Enfim, como o humor muda diariamente, nada mais podemos fazer do que ficar alertas para algum fato realmente novo.
Abraços
Alcides Amaral